Não estou disposto para escrever algo reflexivo hoje, então vou apenas indicar um livro: Veronika Decide Morrer, de Paulo Coelho.

O livro conta a história de Veronika, uma jovem que não encontra sentido em continuar vivendo e decide se matar. Certa vez, numa tentativa de suicídio, ela vai parar num manicômio, e lá percebe que a vida tem sentido sim, e muito.
"Veronika Decide Morrer" é uma obra espetacular, que nos faz pensar o que somos e o que devemos fazer para que nossa vida tenha sentido. Durante toda a leitura nos deparamos com momentos de reflexão sobre a complexidade e, em alguns momentos, até mesmo a simplicidade da vida humana.

A Professora e o Aluno.

Ela, a professora, um dia fora legal e complacente... porém, agora, se apresentava uma mulher irredutível e inflexível. Ele, o típico adolescente "não-tô-nem-aí-pra-nada", que sempre fora o mesmo... aquele que sempre quis se destacar na turma.
Dia de prova, e a professora pede incansavelmente para desligarem os objetos eletrônicos e guardarem tudo que não for pertencente à aula. E, como previsto, o aluno não obedece às ordens e não satisfeito decide por não fazer a avaliação. É avisado uma, duas, três vezes, mas não dá ouvidos à professora. Já perdendo a paciência, pede para que ele então somente fique quieto. enquanto isso, outros inúmeros alunos interrompem o andamento da aplicação da prova.
Ainda não contente, o aluno começa a atrapalhar o raciocínio dos colegas de classe. Cansada, a professora pede que ele se retire da sala, e avisa que já estava indo à diretoria para que ele assinasse uma ocorrência. Ele concorda, e sai da sala às gargalhadas e se despede alegremente dos colegas, novamente atrapalhando o andamento da avaliação.
O ato deixa a professora descontrolada, que vira e profere uma palavra imprópria para o momento: "idiota!". Certa ou não, ela tomou essa atitude e nem ao menos se importou com a dignidade do aluno, fosse ele idiota, atrapalhasse ele ou não a aula.
Minutos antes do ocorrido, essa mesma professora, nessa mesma sala, disse outra palavra, dez vezes pior (para o momento, pode-se dizer). Uma expressão de baixo calão. E dissera isso para uma aluna que não tinha achado lugar em uma fileira, pois a sala estava cheia e ela teve que sentar numa carteira entre duas fileiras. A sala lotada, condições quase que impossíveis de se dar aulas.


Abuso de poder, pressão do trabalho, falta de paciência ou falta de senso dessa professora?

Pseudo.

Não assista a esses filmes. Não escute essas bandas. Não frequente aqueles lugares e nunca, em hipótese alguma, diga que gosta de fotografia em preto e branco e que seu sonho é ir pra Londres.
Por que?
Porque essas coisas são muito pseudo.
Mas o que é pseudo? O que isso tem a ver com a minha banda favorita?

Hoje em dia a coisa mais comum, principalmente no orkut, é se deparar - na maioria das vezes - com comunidades e tópicos de comunidades que discutam o tal do pseudo. Seja ele pseudo intelectual, cult, indie... Há muita discussão banal, sem motivo, para tais assuntos. As pessoas precisam aprender a aceitar o gosto das outras, seja ele pseudo não-sei-mais-o-quê. Na verdade, as pessoas que tanto criticam esse comportamento são aquelas que mais têm essas atitudes. E, pra falar a verdade, são pessoas que não têm outra coisa com a qual se ocupar.
Aí entra a lei do livre arbítrio: cada um faz o que quer, basta depois arcar com as consequências. Se o sujeito gosta de Amélie Poulain e ouve Interpol o dia todo, porque eu o chamaria de pseudo cult, sendo que ele tem um ótimo gosto?

Confesso que gosto do filme e da banda citados acima. Já vi Amélie Poulain três vezes e ontem ganhei o dvd, e não me sinto um farsante (convenhamos que nesse caso, "farsante" tem o mesmo significado de "pseudo") por causa disso.

Se você é um desses que critica o gosto dos outros mesmo este sendo igual ao seu, pense duas vezes.

E como sugestão eu indico "O Fabuloso Destino de Amélie Poulain".


O filme conta a história de Amélie Poulain (Audrey Tatou), uma mulher que vive na solidão de seu apartamento e trabalha num café. Até que um dia ela encontra uma caixinha repleta de objetos infantis, e resolve sair em busca do dono do "tesouro".
Ao tomar essa decisão, Amélie não faz idéia do que o destino lhe reserva.

Imperdível.





Título: Le Fabuleux Destin d'Amélie Poulain
Direção: Jean-Pierre Jeunet
Duração: 122 minutos.
Origem: França
Ano: 2001
Duas indicações ao Oscar 2002, incluindo melhor filme estrangeiro.

Amizade.

Falarei sobre a amizade, aquela coisinha indispensável. Eu acho.
Não é sempre e muito menos em qualquer lugar que nós, meros mortais, encontramos as pessoas certas para dividir nossos problemas, nossas angústias, nossas alegrias. E também nem sempre encontramos a hora certa.
Ter um amigo é ter alguém para a vida toda, claro que se esse amigo for realmente alguém que esteja disposto a te aguentar pra vida toda. Espero que eu tenha pessoas assim ao meu redor. Posso até dizer que eu sou uma delas, porque se algum dos meus amigos precisar de mim, eu estarei disposto, e farei tudo que estiver ao meu alcance e tudo que estiver dentro do possível. Não posso me desfazer em mil.
Tenho absoluta certeza que pelo menos uma pessoa no meu círculo de amigos se enquadra nesse perfil de "estou aqui pro que der e vier". Não é necessário citar nomes. É claro que às vezes (e comigo não acontece somente às vezes) a gente precisa de um momento nosso, sem intervenções; um momento pra refletir, pensar no que fazer. Mas a presença de alguém que te conforte é indispensável.

O texto pode estar cliché, mas eu fiz agora, assim. De coração.

Mais sugestões!

Não consegui esperar, afinal já estamos no dia 3.
Sugestão de cd...
OK Computer - Radiohead.

Nem sei o que falar... bem, o cd é fantástico, e não é à toa que foi eleito o álbum mais bem produzido de todos os tempos.
Tudo nele é perfeito: letras, arranjos, acordes, instrumentos, capa, TUDO.

Quem ouvir não vai se arrepender. Os caras têm quase 97 milhões de scrobbles no LastFm. Precisa dizer mais alguma coisa?

Mas atenção: esse é um álbum "down", ao estilo Coldplay. Nada de músicas dançantes e animadas, tudo bem frio, calmo... ótimo para dias frios. Assim como Belle and Sebastian (depois indicarei um álbum deles)

Por hoje é só.

Dica de filme.

Já que eu falo tanto desse filme, vou indicá-lo.
Gosta de filmes de máfia? De violência gratuita? De maldade?
Se você respondeu SIM, então não perca Cães de Aluguel.

O diretor Quentin Tarantino estréia atrás das câmeras neste policial onde seis criminosos fracassam ao tentar roubar uma joalheria. Com Harvey Keitel, Tim Roth e Steve Buscemi.

E ontem ainda tive que ouvir meu tio falando "Ah, esse filme é todo sem sentido". Pelo amor de Deus, o que é sentido pra ele? Resolvi ver seu acervo de filmes... por lá eu achei "Os Sem Floresta", "Selvagem", e uns filmes de luta daqueles que têm todos a mesma história: um negro que é preso, sai da cadeia e quer vingança. O único filme bom que eu achei lá foi Scarface.

Sugestão dada, amanhã eu volto com uma sugestão de cd.

Frio, chuva. Chuva, frio.

Tem coisa melhor?

Particularmente, acho que a melhor estação do ano é o inverno. Meu humor aumenta de uma tal forma que nem dá pra acreditar. Se hoje está calor, eu estou mau humorado. Se amanhã está frio eu sou outro Guilherme.

Dias assim nos fazem querer ficar o dia todo embaixo das cobertas, assistindo a um bom filme. E foi isso que eu fiz, peguei meu edredom, meu travesseiro e fui assitir Cães de Aluguel, alugado do "Acervo do Vovô".
HAHAHAHA

Meu avô tem cada filme, fiquei muito surpreso ao ver na sua estante Cães de Aluguel, Os Intocáveis, O Estranho Sem Nome (segundo filme de Clint Eastwood) entre outros. Vovô tem bom gosto! (:

Sobre Cães de Aluguel:
Não acho a melhor obra do Tarantino, apesar de ele estar em uma boa posição no meu ranking de preferidos do Quentin. é uma boa história, e confesso que fiquei vidrado (pela terceira vez) na cena em que o Mr. Blonde tortura o policial. É a melhor cena do filme, e juntando com a trilha sonora, fica perfeito.
As trilhas sonoras Tarantinescas são magníficas! As cenas marcantes estão sempre acompanhadas de músicas que sincronizam perfeitamente com o momento, e um bom exemplo é a cena do "Twist Contest", de Pulp Fiction, na qual estão dançando Mia Wallace (Uma Thurman) e Vincent Vega (John Travolta).

Mais um post nada construtivo. Mas um dia eu escrevo alguma coisa bem legal.
Mereço um desconto, acabei de fazer um texto de uma página sobre o Laranja Mecânica, em inglês. Trabalho de escola, mas pelo menos é sobre alguma coisa que eu gosto. Não vejo a hora de chegar o bimestre sobre cinema que o professor de Artes falou.

Se amanhã estiver frio, eu posto alguma coisa legal. Afinal, estarei de bom humor.